quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Desapropriação da Casa da Morte já!


Para lembrar a luta pelos Direitos Humanos, no dia 7 de dezembro, o Coletivo RJ Memória Verdade e Justiça, junto com entidades da sociedade civil - Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, Comitê Petrópolis em Luta e Articulação Estadual pela Memória, Verdade e Justiça RJ -, com o apoio da OAB/RJ, da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos e do Palácio Rio Negro, organizou uma manifestação pela desapropriação da Casa da Morte e um debate sobre Lugares de Memória: a Casa da Morte, no Palácio Rio Negro.

Grupo de Teatro do CDDH de Petropolis (por. N.Leão)


Durante três horas cerca de 60 pessoas estiveram reunidas na tarde deste dia em frente a Casa da Morte manifestando seu repúdio às atrocidades lá cometidas nos anos 70 pela ditadura civil militar, e expressando solidariedade aos militantes opositores ao regime que por lá passaram, sofreram toda sorte de violências e foram desaparecidos. Com apenas uma sobrevivente, Ines Etienne Romeu denunciou à OAB Federal no início dos anos 80 o que havia acontecido  na Casa da Morte, um centro clandestino de prisão e tortura.  Seu depoimento, onde relata as atrocidades sofridas, a localizaçao do imóvel, a identificação dos desaparecidos e de seus algozes, foi lido por uma das manifestantes para o público presente que se emocionou e indignou frente os horrores lá cometidos.    

Em frente a Casa da Morte (por N.Leão)

 Um grupo de teatro constituído por alguns italianos, músicas de resistência, esquetes foram apresentados.

Rosa Cardoso, Comissionada da Comissão da Verdade (por N.Leão)


No debate no Palácio Rio Negro participaram da Mesa Redonda a Dra. Rosa Cardoso, membro da Comissão Nacional da Verdade, o presidente da OAB/RJ o diretor do Palacio e representantes dos movimentos sociais que organizaram o evento. A Dra Rosa Cardoso informou ao público sobre a decisão da prefeitura de autorização para a desapropriação do imóvel, que já havia sido declarado de utilidade pública em agosto deste ano.

Debate com a participação de representantes do Coletivo RJ,  o Palacio Rio Negro,  OAB-RJ e Comite Petropolis em Movimento, e Dra Rosa Cardoso e Nadine Borges (por N.Leão)



A posição de se preservar lugares como a Casa da Morte e outros tantos que funcionaram como centros de tortura e morte foi unânime entre os participantes. Transformar este lugares em Centros/Espaços de Memória é um passo para que a população saiba o que ocorreu, para a construção da memória sobre este período, um passo para que não mais aconteça.    

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